Larian reforça posição contra uso de IA no conteúdo final de seus jogos

Comentários recentes de Swen Vincke, fundador e CEO da Larian Studios, colocaram novamente a inteligência artificial no centro das discussões sobre desenvolvimento de jogos — especialmente após novidades envolvendo a franquia Divinity.

Após o The Game Awards 2025, Vincke explicou que o estúdio até recorre a ferramentas de IA generativa, mas de forma bastante limitada. Segundo ele, a tecnologia é empregada apenas nos estágios iniciais dos projetos, como apoio para brainstorms, apresentações internas, rascunhos de artes conceituais e textos temporários. Nada criado por IA, porém, chega ao produto final entregue ao público.

O executivo fez questão de destacar que a IA não assume funções criativas nem substitui profissionais. Para Vincke, trata-se apenas de um recurso auxiliar. Ele afirmou que há consenso interno sobre esse uso controlado e lembrou que a Larian mantém equipes criativas numerosas, com dezenas de artistas conceituais, além de continuar contratando novos talentos. A produção artística definitiva, segundo ele, segue sendo totalmente humana.

Mesmo assim, as declarações geraram forte reação online, principalmente entre admiradores de Baldur’s Gate 3. Parte da comunidade interpretou o comentário inicial como um sinal de possível mudança na filosofia artesanal do estúdio. Diante da repercussão negativa, Vincke voltou a se manifestar para esclarecer sua posição.

Em publicações nas redes sociais, o CEO negou qualquer intenção de substituir artistas por algoritmos. Ele comparou o uso da IA a ferramentas tradicionais de referência, como livros de arte, bancos de imagens ou pesquisas visuais. Vincke também revelou números internos para reforçar o argumento: atualmente, a Larian conta com mais de 70 artistas, sendo mais de 20 focados exclusivamente em arte conceitual, e a equipe segue crescendo. Segundo ele, o estúdio valoriza criatividade e visão autoral, não a reprodução automática de ideias.

Encerrando o debate, Vincke foi enfático ao afirmar que a Larian Studios não pretende lançar jogos que contenham arte, textos ou qualquer outro conteúdo final gerado por inteligência artificial. Tampouco há planos de enxugar equipes em favor da tecnologia. Para o estúdio, a IA pode até auxiliar no processo, mas a criação continua sendo, acima de tudo, um trabalho humano.

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